sexta-feira, 13 de abril de 2012

Cara metade

Nos anos de namoro...(ainda era ingénuo)

No início...

"o tira teimas" (15NOV1983)

Para que fiques bem certa
Podendo crer que não minto
Vou descrever nesta carta
Aquilo que por ti sinto


Sei que às vezes ficas mal
Com coisas que digo à toa
São tolices, afinal,
Por isso, meu bem, perdoa

Eu detesto suportar 
A nossa separação
Pois quero contigo estar
Como a manteiga com o pão


A saudade na ausência
Chega por vezes a tal
Que quando estou na presença
Já julgo ser irreal


Sei como é habitual

A tendência p'ra esquecer
Mas só te lembras do mal
Esquecendo sempre o prazer



Isto por outras palavras
Quer simplesmente dizer
Que esquecendo algumas mágoas
Sobra bastante prazer


Depois de tudo o que disse
Que espero não seja em vão
Só queria que você visse
Que tal está a redacção ?


PS: Deves estar a questionar
      A quadra que vem aqui
      Mas vem só para frisar
      O quanto eu gosto de ti:  Se eu obrigado for
                                             A não mais te ter comigo
                                             Sentirei no prazer dor
                                             E em viver um castigo

   
 


Um postal que fiz no dia dos namorados (14FEV1985):

Não foi um postal comprado
Nem tem sequer muita cor
Mas foi bem intencionado
Tal qual foi o nosso amor


Já passaram alguns anos
Mas cresceu solidamente
Que mesmo sofrendo danos
Ele lá vai todo contente
Pra mostrar a toda a gente
Que juntos continuamos!


E se ainda junto estamos
É porque acreditamos
Que nunca estaremos sós
Pois esse amor somos nós



Depois de uma paixoneta de Verão (6JUL1985)

Estive a pensar longamente
Ao som de belas canções
E vieram-me à mente
As seguintes conclusões:


Vi que era cobardia
O que tentava esconder
Pois aquilo que eu queria
Não o estava a fazer


Se eu antes não dormia
Por muito tempo pensar
Agora então não teria
Sossego em algum lugar


O que adianta ceder
A um arrebatamento
Se não se deixa arder
O fogo do sentimento


Com isto quero dizer
Que já tenho a solução
Eu nunca mais vou fazer
Erros de precipitação


Venho assim por este meio
Implorar-te o perdão
Pois já sei que no meu seio,
Ou seja, no meu coração,
Só há lugar para ti
Prós meus pais e meu irmão!



Numa crise conjugal  (8NOV1999)


Num erro eu insisti
Numa teia eu me enredei
Porque fui cego e não vi
Que não sirvo a quem amei

Continua (23/DEZ/1999)

Com quem tu querias estar
Essa pessoa não sou
Por mais que queira tentar
O teu interesse acabou


Nunca na vida quis ser
Aquilo que eu não sou
Por isso não vais perder
Aquilo que já não te dou


A reconciliação

Da escuridão me tiraste
À vida tu me trouxeste
E comigo tu ficaste
E o teu amor me deste


Nada mais posso pedir
Já que tenho o teu amor
Mas quero retribuir
Amando-te com fervor


Todos três somos só um
E assim vamos ficar
Pois o que temos de bom
Nós devemos preservar




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