Nos anos de namoro...(ainda era ingénuo)
No início...
"o tira teimas" (15NOV1983)
Para que fiques bem certa
Podendo crer que não minto
Vou descrever nesta carta
Aquilo que por ti sinto
Sei que às vezes ficas mal
Com coisas que digo à toa
São tolices, afinal,
Por isso, meu bem, perdoa
Eu detesto suportar
A nossa separação
Pois quero contigo estar
Como a manteiga com o pão
A saudade na ausência
Chega por vezes a tal
Que quando estou na presença
Já julgo ser irreal
Sei como é habitual
A tendência p'ra esquecer
Mas só te lembras do mal
Esquecendo sempre o prazer
Isto por outras palavras
Quer simplesmente dizer
Que esquecendo algumas mágoas
Sobra bastante prazer
Depois de tudo o que disse
Que espero não seja em vão
Só queria que você visse
Que tal está a redacção ?
PS: Deves estar a questionar
A quadra que vem aqui
Mas vem só para frisar
O quanto eu gosto de ti: Se eu obrigado for
A não mais te ter comigo
Sentirei no prazer dor
E em viver um castigo
Um postal que fiz no dia dos namorados (14FEV1985):
Não foi um postal comprado
Nem tem sequer muita cor
Mas foi bem intencionado
Tal qual foi o nosso amor
Já passaram alguns anos
Mas cresceu solidamente
Que mesmo sofrendo danos
Ele lá vai todo contente
Pra mostrar a toda a gente
Que juntos continuamos!
E se ainda junto estamos
É porque acreditamos
Que nunca estaremos sós
Pois esse amor somos nós
Depois de uma paixoneta de Verão (6JUL1985)
Estive a pensar longamente
Ao som de belas canções
E vieram-me à mente
As seguintes conclusões:
Vi que era cobardia
O que tentava esconder
Pois aquilo que eu queria
Não o estava a fazer
Se eu antes não dormia
Por muito tempo pensar
Agora então não teria
Sossego em algum lugar
O que adianta ceder
A um arrebatamento
Se não se deixa arder
O fogo do sentimento
Com isto quero dizer
Que já tenho a solução
Eu nunca mais vou fazer
Erros de precipitação
Venho assim por este meio
Implorar-te o perdão
Pois já sei que no meu seio,
Ou seja, no meu coração,
Só há lugar para ti
Prós meus pais e meu irmão!
Numa crise conjugal (8NOV1999)
Num erro eu insisti
Numa teia eu me enredei
Porque fui cego e não vi
Que não sirvo a quem amei
Continua (23/DEZ/1999)
Com quem tu querias estar
Essa pessoa não sou
Por mais que queira tentar
O teu interesse acabou
Nunca na vida quis ser
Aquilo que eu não sou
Por isso não vais perder
Aquilo que já não te dou
A reconciliação
Da escuridão me tiraste
À vida tu me trouxeste
E comigo tu ficaste
E o teu amor me deste
Nada mais posso pedir
Já que tenho o teu amor
Mas quero retribuir
Amando-te com fervor
Todos três somos só um
E assim vamos ficar
Pois o que temos de bom
Nós devemos preservar
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