quinta-feira, 12 de abril de 2012

Introdução

Na tradição de que um homem deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro decidi criar este blog em substituição da escrita de um livro. Assim vou compilar aqui um conjunto de pequenos poemas e algumas prosas, que tenho escrito mas que se estavam a perder nas brumas do tempo, para além de outras lembranças de leituras que me mereçam destaque e homenagens a pessoas que pela sua arte, carácter ou influência na minha educação me permitiram a realização desta obra.

A veia poética que me inspira teve origem no meu avô, continuou com o meu pai e perdura comigo mas sem qualquer pretensão, apenas para que possa recordar, no ocaso da minha vida.

Assim, desde já, aqui deixo um exemplo que se adequa a este intróito:

Sei que não sou um poeta
Nem tenho tal pretensão
apenas escrevo o que sinto
co' aquilo que tenho à mão

seja lápis ou caneta
esferográfica ou pincel
o que me vem à veneta
escrevo logo no papel

Os meu versos são somente
Uma forma de gostar
E, como prova evidente
Foram feitos simplesmente
No intuito de agradar
Aqueles por quem se sente
Algo de particular


"Verba volant, scripta manent" (do latim: As palavras voam, os escritos permanecem. )

Partilho este sentimento
Registando o meu pensar
Palavras leva-as o vento
Mas a escrita vai ficar


Assumo ainda, nas minhas quadras,  uma influência predominante do poeta António Aleixo que conseguia condensar numa pequena quadra uma imensidão de sentimentos, pensamentos e verdades de uma forma tão simples e acessível a qualquer mortal . Sendo uma pessoa humilde e pouco letrada tinha uma capacidade ímpar de espelhar, nos seus poemas, a natureza humana com todas a suas virtudes e defeitos.

Para além de uma merecida homenagem que lhe faço neste blog mais à frente, queria desde já deixar, nesta introdução, uma quadra que sempre me inspirou;

A arte em nós se revela
Sempre de forma diferente:
Cai no papel ou na tela
Conforme o artista sente 



"Nascuntur poetae, fiunt oratores", (Os poetas nascem, os oradores fazem-se)  e tu, António Aleixo, és a prova disso pois nasceste poeta, ninguém te fez poeta !

1 comentário:

  1. Caro Poeta? Vocês dirão,

    Parabéns pela abertura deste interessante blogue.
    É minha convicção que os talentos de cada um valem mais quanto mais partilhados são, por isso, era uma pena deixar fechadas na gaveta estas quadras.
    Bem-vindo à blogosfera e votos de continuação de muita inspiração que conduza a mais quadras.
    Terei muito gosto em ir acompanhando este blogue.

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